terça-feira, 29 de abril de 2008

Diário?

Sabe quando nos sentimos sozinhos enquanto tem centenas de pessoas estão à sua volta?Você se perde em meio a sorrisos que nem sabe se são verdadeiros e vive um mundo de faz-de-contaem que você mesmo cria a sua felicidade?Parece exagero mas muitas pessoas são felizes assim e vivem dia após dia se enganado, achando quetudo vai melhorar "do nada", enquanto outras pessoas fingem se importar.Em meio a isso tudo, dá um aperto no coração, uma vontade de gritar e deixar tudo pra lá, tudo como está e fugir... Fugir para um lugar distante onde nunguém te conhece e nem se dá ao trabalho de tentar conhecer.Daí, você se dá conta de que só está faltando AQUELA pessoa.. que é a única que pode melhorar sua rotina ou fazer um sorriso aparecer no seu rosto... É, ela também tem a própria vida e não pode estar com você sempre que se sente só, mas o fato de esta pessoa existir já faz toda a diferença...
Sinceramente nem sei porque estou escrevendo isso, e muito menos porque eu deixei exposto para qualquer um lerAcho que é por que eu mesma não ando me importando com meus sentimentosÉ triste mas é verdade. Sinto falta de não sentir nada...sabe? (Sinto falta de não sentir...irônico!)Quem disse afinal que o amor é tudo e que eu preciso desse chato de coração pra ser feliz é um sádico e não teve penados pobres apaixonados que fariam de tudo pelo ser amado.
Eu não estou deprimida (antes que o digam por aí). Estou... repensando sobre alguns aspectos da minha vida.
Acho que é só... Que coisa deprimente! Só faltou escrever no começo: "Querido diário..."
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Ouvindo: Nada...

domingo, 27 de abril de 2008

Sem melar a voz

José não entendia Magali: Ele até percebia que ela era uma mulher incomum, que não podia tratá-la como outra qualquer, mas insistia em colocá-la na mesma categoria de várias de suas amigase ex-namoradas. Na verdade, ele tinha medo dela. Porque sua intensidade era mesmo assustadora.

Magali era engraçada. Não falava muito,mas tinha convicções avançadas para o seu meio. Adoravaprestas atenção às reações sutis que as pessoas tinham com os fatos cotidianos. "É aí que elasmostram quem realmente são" - dizia.

Lembro, por exemplo, do horror que demonstrava por mulheres que melavam a voz quando se dirigiamao namorado em público. DIziam que faziam isso só pra marcar presença, mostrar para as outrasfêmeas que aquele macho tinha dona.

-Que implicância! Isso é tão comum! - eu lhe dizia.-Mas repara como é ridículo ver umamenina chegar pro namorado no meio da roda de um barfalarassim, com aquela voz chorosa, batendo de leve a mão na cadeira ao lado "Ah amor, senta aqui...". Constrange qualquer um. Dou toda rapaz quando o caraignora - ela me respondia.

É lógico que Magali gostava de romances. Adorava o amor privado, as juras secretas,os jogosde sedução, o cuidado sutil que um sempre deveria ter com o outro. Só não gostava de demonstrações públicas exageradas.

- O compromisso tem que ser leve, não pode parelisar nenhum dos dois - pregava, sem vergonhade ser piegas.

Quando estava no meio de um grupo, queria estar solta, misturada à multidão,livre para mexercom quem quisesse e também para receber elogios, agrados, olhares. O problema é que os homensque conheceu, até os que se diziam muito liberais, sempre acabavam em crise de posse.

-Por que, entre casais, um sempre tem que querer sufocar o outro? - questionava.

Um dia brigou com um namorado porque, em uma churrascaria, foi abraçá-la e beijá-la perguntando porque ela o estava ignorando. "Parecia que eu era um troféu" - ela dizia.

Sonhava com um amor aberto e tranquilo. Alguém que pudesse confiar, que também confiasse nelae pronto. O tempo de se ver, seria o tempo possível, porque os dois saberiam que não existiria motivos para preocupações sem fundamentos. Queria ser sim, paparicada e paparicar, mas não admitiadepender de nenhum homem e não queria que ele dependesse dela para viver.

Coitado do José! Acostumado com garotas que se esforçavam para parecer avançadas, Magali o assustou.Tanta liberdade era demais. E o romance dos dois, sem nenhuma explicação, acabou.
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Ouvindo: INXS - Beautiful girl


terça-feira, 15 de abril de 2008

Fragmentos

cheguei a conclusão que isso não existe
quem me viu,quem me ouviu...virgulações cansa-me não continuo
atualizar
atualizar
atualizar

[e algumas tem sete cores,outras tem mais e outras esqueci-me de enchergar...]

Quanta coisa mudou,mas tudo é a mesma coisa ...fotografando gotas chuvas gotas de chuva gotas de chuva...

Estipule a data de vencimento...


entraremos em um acordo...


mas não esquece quem me viu já não me encherga ...



[ouvindo:garrafas -SKANK-]
ah esses estilhaços de nuvens musicais

terça-feira, 1 de abril de 2008

...tic tacs

Centro...
carros,luzes,humanos,pesticidas barracos
...viagem ao submundo não centralizado
Pombas anunciando a hora do rush
Filas engradecendo-se com a chegada do ponteiro final...
Tics,Tac Stress...
Acasos,esbarros,e por favor favor amntenha-se atrás da linha amarela
atravesse na faixa
...E não se esqueça do seu eterno tic tac